sábado, 29 de outubro de 2011

Ignorância

Ignorância é não conseguir encantar-se com o belo; é abraçar a feiura como desculpa para não ser excelente.

Ignorância é fugir da verdade; é enrolar-se nas teias da mentira para não ser notado nu como se é.

Ignorância é deturpar palavras e ideias; produzir o caos para não precisar manter a ordem.

Ignorância é a falsa humildade que esconde sob o manto tosco da miséria seu gritante desejo de riquezas.

Ignorância é a "coragem" dos anônimos virtuais que utilizam a blogosfera para destilar seu veneno.

Ignorância é ler sem paixão, pensar sem originalidade e escrever sem alma.

Ignorância é a duvidosa "virtude" da contradição: gente que troca de teologia como quem troca de camisa.

Ignorância é usar a aparência como mecanismo de afirmação, alargando ainda mais a distância entre ética e estética.
Ignorância é quando a espiritualidade mercantilista "usa" Deus para satisfazer mediocridades de uma adolescência evangélica nunca amadurecida.

Ignorância é tudo que enoja, embrutece, amarga, neurotiza, enfraquece, enraivece, morde...

Que Deus nos ajude a domesticar a ignorância que nos habita.
Pensou que era com os outros? Talvez venha daí a nossa ignorância... Da irritante mania de jogar a culpa nos outros.


Alan Brizotti

Reconciliando-me com o que dói

Cansei de olhar apenas para coisas boas, quero amar coisas outras. Quero dançar sem música, fazer um baile entre mim e as pausas que me habitam. Quero admirar, extasiado, o dia cinza, a tempestade furiosa, o mar. Quero enaltecer qualidades que não espalhamos na mídia. Reconciliar-me com defeitos, deslizes que me devolvem ao chão, amigo/inimigo íntimo.

Sou grato, profundamente grato, pela tristeza. Quando a euforia acaba, a tristeza continua ali, no porão da alma, presente. Nunca convidei essa amiga estranha para minhas festas, mas ela jamais faltou. Aliás, ela foi o chão que me conduziu a Cristo, como não seria grato por sua irritante companhia? A tristeza também sabe sorrir, principalmente quando me vê atônito ao perceber a fuga da alegria.

Quero dar um abraço nas desilusões. Elas são pedras que estilhaçam vitrines nababescas. Elas fazem meus pés sentirem a segurança do chão. Preciso das des-ilusões, da pancada que arranca a máscara da perfeição. Os desiludidos resgatam momentos que estão sempre no limiar do esquecer. No cárcere das ilusões a vida é sintética, hipotética e, por fim, patética. Na liberdade doída das desilusões assumo minha falência transformadora.

Vou libertar aquele choro amargo. O choro que sempre vem acompanhado dos soluços. Aquele que lava o rosto levando embora sorrisos fabricados, olhares falidos, maquiagens prontas, superficialidades de soslaio. Aquele choro que me impede de explodir. Ele vaza, dribla, desmascara minhas pretensões e seguranças de homem feito. Aquele choro que é o protesto que qualquer bebê sabe fazer. A lágrima, solitária ou solidária, liberta.

Quero amar meus fracassos. Curtir aquele arrepio gelado que avisa o corpo sobre o impacto de uma derrota. Gloriar-me no que não conquistei. Saber, às vezes angustiado, que tentei. Poder dizer: "não deu". Seguir em frente, ou andar para trás... Quero olhar o horizonte tardio da perplexidade e dizer: "ainda assim, sou eu". Não quero triunfos que me desumanizem. Não sou feito para funcionar. Não quero viciar nos primeiros lugares. Deus me guarde da tentação de ganhar todas.

Não, não estou em depressão, estou fazendo as pazes com meu ser, com o que realmente sou: mistura louca de alegria e crise, êxtase e dor, festa e luto, silêncio e grito, azul e cinza. Não sou deus nem demônio, apenas um suspiro do instante na eternidade. Apenas essa maravilha estranha que é viver...

Consciente, reconcilio-me com o que dói.
Alan Brizotti

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Morre lentamente.


Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um feito muito maior que o simples fato de respirar. Somente a ardente paciência fará com que conquistemos uma esplêndida felicidade.

Rifa-se um coração


"Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque
que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração
que na realidade está um pouco usado, meio calejado,
muito machucado e que teima em alimentar sonhos
e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia estava certo quando
escreveu...
'...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu
espero...'.
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato
que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida
que vive procurando relações e emoções verdadeiras.
Rifa-se um coração
que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos
que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.
Um órgão abestado
indicado apenas para quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
matando o tempo,
defendendo-se das emoções.
Rifa-se um coração
tão inocente que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro
na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir.
Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer
e se recusa a envelhecer"
Rifa-se um coração,
ou mesmo troca-se por outro
que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.
Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos
que mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.
Um velho coração
que convence seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a
petulância de se aventurar como poeta."

(Clarice Lispector)

"Lá naquele instante, mesmo sabedora da presença da tristeza,
 eu me permiti desfrutar da capacidade balsâmica
 do riso compartilhado quando o afeto é recíproco.
 Eu não esqueci que estava triste, tampouco do motivo,
 mas lembrei que podia estar também alegre,
 tem vez que o ou não passa de um mentiroso limitador.

O coração tem mais espaço do que geralmente a gente costuma supor e ousa utilizar."

(Ana Jácomo)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


“Sabe o que eu quero de verdade?!
 Jamais perder a sensibilidade,
 mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.
 Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma…”
 (Clarice Lispector)

"Não tenho nada a ver com o que é dos outros,
 seja roupa, gostos, opiniões.
Não me escalo para histórias que não são minhas,
 não me envolvo com o que não me envolve,
 não tomo emprestado nem me empresto.
 Se é caso sério eu me dôo,
se é bobagem eu me abstenho."

(Martha Medeiros)

Eu procuro por mim.
Eu procuro por tudo o que é meu
e que em mim se esconde.
Eu procuro por um saber
que ainda não sei,
mas que de alguma forma já sabe de mim.
Eu sou assim...
processo constante de vir a ser.
O que eu sou e ainda serei
são verbos que se conjugam
sob áurea de um ministério fascinante.
Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.
Movimento que não termina
porque terminar é o mesmo que deixar de ser.
Eu sou o que sou na medida em que
me permito ser.
E quando não sou é porque o ser eu não
soube escolher.


Fabio de melo

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Busco um amigo!

Busco um amigo...
Que me diga sempre a verdade,
Que não camufle os meus defeitos,
Que não despreze as minhas lágrimas!
Um amigo...
Cuja presença traga alegria,
Cujo silêncio transmita a paz
Cuja escuta inspire confiança,
Cuja lembrança infunda coragem.

Um amigo...
Ao qual eu possa dizer: desculpa!
Uma, duas, três vezes...
Um amigo...
Que não seja nem mestre, nem discípulo,
mas um companheiro,
com o qual eu possa caminhar rumo ao infinito em qualquer momento.
Um amigo...
Que conserve a sua intimidade sem esconder o seu pranto.

Um amigo...
Que ao amanhecer não me diga bom dia,
mas me abra o seu coração com um amável sorriso!
Um amigo...
Que creia na amizade e a viva como uma audaz conquista de liberdade...
Cuja amizade seja óleo doce, suave e perfumado,
extraído do fruto amargo de uma árvore espinhosa.
Um amigo...
Que não se preocupe em dar ou receber, mas que seja capaz de compartilhar.
Um amigo...
Simples, sincero, natural...
capaz de chorar, mas sobretudo de sorrir...
Um amigo...
Que seja um reflexo da bondade de Deus.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Os desafios da amizade.

Há de se entender que a amizade não é algo somente que nos traz alegrias e esse é o maior desafio dela.
Há de se aceitar que se pode ter amigos diferentes de nós, em raça, religião, temperamento, criação, cultura. Isso na verdade não é importante na amizade.
Há de se saber que as regras principais da amizade são o respeito, a consideração, a tolerância e a humildade.
O respeito é primordial, aliás em qualquer tipo de relacionamento ele se faz necessário. Pessoas tem seus limites e esses limites devem sempre serem respeitados. O fato de termos amizade e intimidade com alguém , não nos dá o direito de violar certas regras que estão implícitas em uma amizade.
Mas mesmo assim ainda violamos algumas!!

A consideração é um fator muito importante também. Não adianta sermos tudo de bom para alguém e nos momentos mais delicados e necessários para esse alguém, não termos a consideração que se resume na atenção devida.
Espera-se mesmo que a amizade, como qualquer outro sentimento, seja uma via de mão dupla. Não existe a possibilidade de só darmos, jamais recebermos e ainda assim sermos realizados nesse sentimento.
Não se trata de um 'toma lá dá cá', mas se trata de um 'eu me lembro quando eu precisei e você esteve comigo, portanto agora você precisa e eu estou aqui', e isso há de ser feito com um sorriso nos lábios e muito amor no coração.
A tolerância, talvez seja essa a parte principal.

Há de se entender que nenhum ser humano vive em total estado de bom humor a vida toda. Haverão dias que os ânimos não estarão bons, o coração de um deles não estará bem.
Isso sem contar que as pessoas em geral têm os mais diversos tipos de temperamentos e de atitudes.
Há de se saber que para se ter um amigo, alguns momentos desagradáveis dele teremos que suportar, passar por cima mesmo, ignorar, sabendo inclusive que ele em algum instante fará o mesmo por nós se for amizade verdadeira o que ele sente.
Há de se saber, aceitar e entender, que a perfeição em termos de ser humano não existe, cometemos todos, diversas vezes, falhas, enormes falhas. Nenhum de nós é o rei da verdade, nenhum de nós está certo o tempo todo... em algum momento o nosso amigo é que será a parte certa e por mais que o nosso orgulho nos impeça de dizer, teremos que aceitar.

Eu não sei, você me ensina?
Eu não consigo, você me ajuda?
Eu não posso, tenho medo, você vai comigo?
Eu errei, me perdoa?
Eu me arrependi, você me desculpa?
Eu não fui fiel a você, me dá outra chance?
Eu disse o que não devia, você pode esquecer?
Eu ando negligenciando nossa amizade, você me permite recuperar esse tempo perdido?
Ser humilde numa amizade, não significa se humilhar, significa provar ao outro o seu grau de importância na nossa vida.

Por fim, uma amizade há de ter altos e baixos sim, há de atravessar furacões, cair em abismos, há de se despedaçar toda......mas se for amizade de verdade, há de voltar, envolta em ferimentos, apoiada numa bengala, sangrando até...e há de encontrar o seu companheiro com o curativo nas mãos, amor no coração e disposto a dar o perdão!
Ser amigo, é todos os dias aprender alguma coisa nova, é sempre ter algo de que se arrepender por alguma coisa que se deixou de fazer.
Ser amigo é principalmente dividir uma emoção, saber acalentar um coração e deixá-lo voar pra longe de nós quando ele precisar.
Mas ser amigo é especialmente se recolher num cantinho e esperar esse coração voltar pra nossa mão no momento que ele achar que é bom.
Leticia Thompson

Abiose.

 Saí... deixei tudo aquilo que me cercava, busquei novos ares, novas pessoas, situações.
   Desejei a chance de poder ser um outro qualquer, com outros costumes, outro jeito e pensamento.
   Por muito tempo consegui! Me renovei, fiz uma nova pintura e acabamento, máscara.Tive amigos, alegrias, amores e decepções.Fui inteira... só pedaços... sem coração.
   E em todo esse tempo me enganei, não percebi que mentir é mais que omitir, e me esconder entre máscaras mortuárias, paredes, palavras e rebocos sem vida iria me custar mais caro do que mostrar minha própria caricatura maquiada de verdades.
   Fui saudades do meu medíocre convívio com todos aqueles seres abjetos, que buscam por vis caminhos a perfeição, presentes em meu passado.
   Enfim, voltei... pra minha vida, pra minha verdade, pro meu quarto e meu travesseiro, voltei pros meus antigos sonhos.

  E vou ser saudade mais uma vez.

Não me prenderei a um só gosto, há um só amigo, há uma só opinião, há um só jeito de ser, até porque não nasci pra ser só,pra ser fixa, pra ser um, nasci pra ser feliz, pra ser muito, ser plural.
   Quero sempre poder mudar, Poder ser mais, poder ter muito e muito mais, quero ter amigos, amores, não quero pouco quando o mundo é meu, não quero opiniões porque os outros são só os outros, quero a eternidade e vários momentos, quero ser assim, incerto, tenho pavor ao previsível, ao normal, ao imutável, não quero estar estática, o que me encanta é o movimento, a velocidade.
   E ai daquele que me disser que é feliz só, que é bom ser parado, ou talvez seja, um dia posso ser, mas não enquanto o calor da impulsividade e o arder da jovialidade encherem meu coração, não enquanto não me baterem  na consciência as limitações do corpo e da idade, não enquanto eu não quiser.
   Bem aventurado seja aquele que não se deixa abater, que muda constantemente, que ousa, esse sim tem a prova dos vários tipos de felicidade e saberá o que vai ser melhor pra si.

É... eu tô gostando mais de mim!

Percebi, que a perfeição que eu um dia almejei não é possível alcançar. Então... mudei meus conceitos.
Não quero ser um estereótipo, uma bonequinha de louça que outros tem como exemplo, eu quero mais é ser feliz e dividir minha felicidade.Percebi que eu posso apenas melhorar e seguir melhorando... andar e continuar seguindo. Ser feliz como eu sempre fui, isso me basta, sabe por quê ?   
Porque eu sempre tive do que me orgulhar em mim, eu sempre tive um sonho pelo qual lutar, sempre tive alguém do meu lado que pudesse me ouvir, me aconselhar e estar comigo, sempre tive co quem sorrir, sempre tive um ombro pra chorar, tive ainda em quem me espelhar e um amor pra encher tudo de cor. Tive com quem dividir um anseio, uma lágrima, um abraço, um carinho, o coração...
Eu aprendi a ver algumas coisas de um modo diferente, aprendi a ver cores no escuro, a sentir coisas que não sentia antes, a ficar em paz comigo mesma e com o mundo, a sorrir mesmo quando um punhal atravessa meu peito, querer bem de longe e a não deixar que ninguém interfira na minha felicidade, aprendi a ajudar os outros da forma que eu posso, aprendi que os limites as vezes tem que ser quebrados pra que novos sejam impostos...


Que bom senso não é só o que a maioria acha, mas é saber se posicionar diante de uma situação em que eu tenho que refletir, aprendi que os meus amigos não são "meus" eles são do mundo e não posso tê-los sempre perto, mas que posso guardar suas lembranças pra sempre...
Que o desapontamento e a vontade de desistir são de onde devo tirar a força pra prosseguir, que por mais difícil que seja perder um amigo, ainda me restam todas as lembranças e que só de revê-las ou relembrar os momentos, eu posso ser feliz denovo... Eu posso afastar a dor, é só querer o bem.
Eu percebi que não me importa se meu cabelo tá feio, se minha roupa não é a melhor ou se minha vida não é perfeita, o que vale a pena é que eu me realize e me sinta bem comigo mesma, é ser feliz com o pouco que tenho. É amar a vida, descobrir um mundo a cada dia. uma cor a cada minuto e um amor a cada segundo.

Quando não ouvimos a voz de Deus!


Todos já provamos venenos, voluntariamente ou inconscientemente. Todos
tivemos esses momentos de indecisão onde a luta entre a razão e a desrazão
nos fizeram pegar caminhos que sabíamos errados e os pegamos assim mesmo.
Todos provamos o gosto amargo do arrependimento e, nem que seja uma vez na
vida, cometemos outra vez os mesmos erros, demos os mesmos passos. Nos
desculpamos, nos perdoamos, nos fizemos mil promessas, que muitas horas
depois ficaram esquecidas. Houve nesses momentos aquela vozinha interior que
nos avisava, nos prevenia, tentava insistentemente nos acordar para a
realidade, mas preferimos ignorar e seguir em frente.

Quantas vezes e de quantas maneiras Deus nos falou e não quisemos ouvir?
Quantas e quantas vezes choramos depois e ainda nos perguntamos "por que?"
Achamos injusto, sem que nossa consciência tenha nos levado ao passado onde
poderíamos ter tomado um caminho diferente.

Há pessoas que nunca ouviram a voz de Deus e nunca ouvirão. Elas não são
mais pecadoras e menos privilegiadas que outras, mas são surdas aos sinais
da vida, aos fatos e acontecimentos e elas continuarão a beber o veneno do
mal e a sofrer as conseqüências dele. Deus quer corações de carne, não de
pedra; quer corações que perdoam, se comovem, entregam-se incondicionalmente
  Ele não quer sacrifícios e nem ama nosso sofrimento, mas aprecia nossa
humildade de saber que nada sabemos e que o que desconhecemos Ele pode nos
mostrar.

Deus quer pessoas que crêem, não pela metade, só nisso ou só naquilo,
pessoas que não andam em cordas bambas e sabem perfeitamente onde colocam os
pés. Pessoas que calçam as sandálias da fé e não hesitam, abrem os olhos, os
ouvidos e o coração ao que Ele diz, porque Suas promessas são perfeitas e
perfeitos são os caminhos que preparou para nós, ainda que diferentes
daqueles que imaginamos.
 
O ano começa sabemos que haverá no meio dele noites escuras e claras, dias
de chuva e dias de sol, de frio e de calor. Nada disso nos é desconhecido,
apesar de não sabermos quando, nem como ou por quê. Na vida não é diferente
e, creiam, que tenhamos problemas um dia ou outro, o amanhã certamente
chegará e nossa fé nos deixará de pé, nossas forças serão renovadas e tudo
isso depende muito de nós.
 Leticia Thompson
Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.
Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.
Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.
Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.
Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.
Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.
Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.
O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.rsrsr

Fábio de Melo

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Exatamente assim...
Ando com uma vontade tão
grande de receber todos os afetos,
 todos os carinhos, todas as atenções.
Quero colo, quero beijo, quero cafuné,
 abraço apertado, mensagem na madrugada,
quero flores, quero doces, quero música,
 vento, cheiros ...
quero parar de me doar e começar a receber.

Eternize o amor!

Não sei quanto a vocês, mas
Amor pra mim ter que ter cheiro,
 gostos e frases.
Não adianta dizer que
 um olhar vale mil palavras,
 que o silêncio diz tudo.
Não, não e não.
Eu quero sentir, tocar,
cheirar, provar, morder e ouvir e ler.
Então, por favor, DIGA.
 Qualquer coisa que seja, qualquer frase,
 qualquer palavra perdida, FALE,
ou ESCREVA.
Mas por favor, ETERNIZE.!!!!

Amor

Ela saiu por aí, pelos labirintos do mundo. Deixou as ilusões no armário do antigo endereço e foi. Vestia uma armadura e carregava um escudo na mão direita para se esquivar das flechadas de qualquer cupido travesso que cruzasse seu caminho. Seguia com passos firmes e sem olhar para trás. Acreditava estar protegida contra o amor. Pobre moça! Mal sabia ela que o amor quando quer invade tudo, aço, tórax, coração... se espalha pelas veias feito sangue e ama teimoso dentro da gente. É simples assim, acontece...?Você é assim: Um sonho pra mim ?..
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